Atletas são investigados por participarem de esquemas em apostas
O futebol brasileiro caiu recentemente em páginas policiais, logo após iniciarem investigações sobre atletas que supostamente participaram de esquemas em apostas esportivas.
Tudo começou quando o Ministério Público de Goiás deflagrou a operação “Penalidade Máxima“, com o intuito de investigar um grupo de criminosos que ofereciam valores em dinheiro para atletas afim de manipulação em jogos.
Inicialmente, esses valores poderiam chegar na casa dos R$ 100 mil se o jogador fizesse, de fato, o que foi pedido.
Cometer um pênalti, tomar um cartão amarelo ou vermelho, a ideia era facilitar a vida destes membros criminosos para que pudessem conquistar altos valores nas apostas.
Ao todo, o MP-GO colocou em prática a operação para cumprir mandados de prisão em 16 municípios do país, divididos entre os estados de Goiás, Pernambuco, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Atletas investigados:
A princípio, os atletas investigados na operação são:
Gabriel Tota (Ypiranga-RS)
Igor Cariús (Sport-PE)
Victor Ramos (Chapecoense-SC)
Kevin Lomonaco (RB Bragantino-SP)
Mateusinho (Cuiabá-MT)
Joseph Figueiredo (Tombense-MG)
Gabriel Moura (Vila Nova-GO)
André Queixo (ex-Sampaio Corrêa-MA)
Allan dos Santos (Sampaio Corrêa-MA)
Romário (ex-Vila Nova-GO)
Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa-MA)
Paulo Marques (ex-Sampaio Corrêa-MA)
Bem como o zagueiro do Santos, Eduardo Bauermann, que também é investigado, o defensor recebeu oferta da quadrilha, mas informa ter negado tais valores.
Partidas investigadas:
Além disso, não somente jogadores, como partidas também vem sendo investigadas. O MP suspeita de alguns jogos do brasileirão 2022 onde essas manipulações podem ter ocorrido, do mesmo modo, em que tais atletas participaram e, por coincidência, foram advertidos ou praticaram jogadas pedidas em benefício das apostas. São estes:
Santos 1×1 Avaí
Red Bull Bragantino 1×4 América-MG
Goiás 1×0 Juventude
Cuiabá 1×1 Palmeiras
Botafogo 3×0 Santos
Palmeiras 2×1 Juventude
Além disso, também são investigadas partidas de campeonatos estaduais:
Goiás x Goiânia (campeonato goiano)
Caxias x São Luiz (campeonato gaúcho)
Esportivo x Novo Hamburgo (campeonato gaúcho)
Luverdense x Operário (campeonato mato-grossense)
Guarani x Portuguesa (campeonato paulista)
Mesmo se provada pelo Ministério Público as manipulações nas partidas citadas, o campeonato não será anulado, ou seja, os resultados que já conhecemos como campeão, libertadores, sul-americana e rebaixamento serão mantidos.
Toda a investigação começou após Romário (Vila Nova) receber uma proposta e aceitar a manipulação pela quantia de R$ 150 mil, mas ele não foi relacionado para o jogo. Daí então, tentou subornar colegas de time, pois já havia recebido um sinal de R$ 10 mil, mas sem sucesso. Logo levaram a história ao presidente do clube, Hugo Jorge Bravo, que também é militar. O mesmo então levantou provas suficientes e as levou ao MP.
Dessa forma, as investigações seguem agora em âmbito nacional, afim de prender os criminosos e, assim, descobrir mais atletas que tenham esse envolvimento.