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Opinião: Seleção brasileira tem a pior temporada da história

Fim da pior temporada da seleção brasileira em toda sua história. A derrota na noite de ontem (21) para a Argentina em pleno Maracanã, não fecha o primeiro ciclo pós-copa, digamos que coloca a tampa no caixão.

Brasil finaliza 2023 apenas na sexta colocação das eliminatórias. Assim, hoje só se classificaria na bacia das almas, isso com o novo regulamento, se fosse no antigo, onde os quatro primeiros iriam ao mundial e o quinto para a repescagem, estaríamos fora.

O capítulo vexatório que o mundo acompanhou ontem no Rio de Janeiro com a confusão generalizada entre policiais e torcedores argentinos foi somente mais uma pitada de sal na campanha fracassada da seleção brasileira até aqui.

Especificamente no clássico contra os hermanos, tudo começou quando o Maracanã não tinha espaço para torcida visitante, brasileiros e argentinos ficaram juntos. Quem achou que isso daria certo no maior clássico da América do Sul e um dos mais importantes do mundo? Bem como, os recentes casos de racismo praticados por torcedores argentinos em partidas da libertadores e sul-americana. Lamentável!

Seleção brasileira derrota Argentina
Maracanã se tornou ringue em confronto de PMs e torcedores argentinos Reprodução: Wagner Meier/Getty Images

Então, o gol de Otamendi foi o menor dos problemas, visto tudo que houve ontem no estádio do Maracanã. Quem vai segurar essa bucha? Ou haverá o famoso joga aqui, joga lá e ninguém se responsabiliza?

Histórico Pós-Copa

Logo após a derrota para a Croácia nos pênaltis nas quartas de final do mundial disputado no Catar, o Brasil não se encontrou. Aliás, antes mesmo da copa já deveria ter tido um planejamento em cima da seleção após a copa do mundo.

Ocasionalmente, Tite havia dito que não permaneceria após o término da competição, mas nada foi feito. O Brasil foi eliminado, Tite saiu e o Brasil ficou ao vento. Dessa forma, Ramon Menezes foi chamado do sub-20 para ser o primeiro tapa buraco da seleção.

Bem como Fernando Diniz vem sendo o segundo e tudo isso por causa de um técnico que está empregado e não sabe ao certo se virá. Atualmente no Real Madrid, Carlo Ancelotti tem contrato com os merengues até o final da temporada europeia, por sua vez, o clube espanhol busca iniciar conversas por renovação de contrato, já Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, diz que o italiano virá.

Desde o fim do mundial, os resultados que o Brasil teve entre amistosos e eliminatórias não agradam muito, vejam abaixo:

Marrocos 2×1 Brasil

Brasil 4×1 Guiné

Brasil 2×4 Senegal

Brasil 5×1 Bolívia

Peru 0x1 Brasil

Brasil 1×1 Venezuela

Uruguai 2×0 Brasil

Colômbia 2×1 Brasil

Brasil 0x1 Argentina

Após um ano da copa do mundo, a seleção brasileira jogou nove partidas, sendo três vitórias, um empate e cinco derrotas. Posteriormente a uma temporada ruim, é fácil de enxergar um enfraquecimento no nível técnico da seleção.

Fim dos tabus

Talvez, nunca antes vimos uma seleção mediana como esta. Até ontem, o Brasil nunca tinha perdido uma partida das eliminatórias em casa, da mesma forma como nunca tinha sido derrotado pela Colômbia, como defendia anos de invencibilidade contra o Uruguai. Tudo isso caiu em seis rodadas.

Enquanto a decisão do novo técnico não sai, o tempo vai correndo e o planejamento, se é que existe, vai fracassando cada vez mais. A seleção brasileira voltará a campo no mês de março para dois amistosos super importantes. Logo após um longo período sem testes internacionais de ponta, o Brasil vai enfrentar a Espanha no Estádio Santiago Bernabéu, em Madrid e depois a Inglaterra em Wembley, Londres. Ou seja, testes de fogo para saber em qual patamar o Brasil se encontra. Em junho e julho ainda teremos a Copa América nos EUA.

Pelas eliminatórias, os próximos compromissos serão contra o Equador em casa e o Paraguai fora, partidas estas apenas em setembro/2024. Até lá, será necessário um novo projeto, mais sério e compromissado, para que a seleção brigue, de fato, na ponta. Ganhar ou não a copa é uma discussão pra quando ela estiver próxima, hoje, precisamos pensar primeiro na classificação.

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